Para cientista político, governador de Pernambuco encarna a definição clássica de terceira via
O ano de 2014 pode reservar surpresas na corrida presidencial. O elemento novo da disputa é a entrada do ex-aliado do governo Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, na corrida pelo Palácio do Planalto. Com isso, tanto a presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, quanto o senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, terão que pisar em um terreno ainda desconhecido. E, diferentemente das últimas quatro eleições, o cenário de polarização entre PT e PSDB está ameaçado.
Na opinião do cientista político Humberto Dantas, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), ao contrário do que ocorreu nas últimas eleições, que se apresentaram bastante polarizadas entre PT e PSDB, Campos encarna a definição clássica da chamada “terceira via”, por isso se apresenta tão ameaçador para os planos dos dois partidos.
“Nos anos recentes, não tivemos nenhuma candidatura que representasse a terceira via e que tivesse uma estrutura de partido forte. Nas eleições passadas, Marina Silva se apresentou, mas com uma estrutura partidária muito frágil e com um discurso que não conseguiu evoluir para este ideal da terceira via”, destacou Dantas. “No caso de Eduardo Campos, essa estrutura partidária existe e é crescente. O PSB foi o partido que mais cresceu de 2000 a 2012. O partido também governa estados e capitais importantes”, lembrou.
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