Uma dica para começar o ano bem é incluir a frase “vou começar a guardar dinheiro” naquela lista de promessas para 2014. E para cumpri-la, oiG preparou uma lista de outras dez dicas, a partir das orientações de Michael Viriato, professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), e de Aline Rabelo, coordenadora do Investmania.
ORGANIZE AS CONTAS
“O primeiro passo é saber para onde vai o seu salário: o que você gasta, o que é despesa fixa ou variável”, afirma Aline. Com uma visão clara do orçamento pessoal, é possível saber onde é possível cortar gastos para começar a poupar
NÃO POUPE O QUE SOBRAR
Lição especial para os indisciplinados: coloque o investimento em primeiro lugar e deixe para gastar o que sobrar.
"Você acaba gastando o dinheiro [se poupar apenas aquilo que sobrar]. Tem de fazer o inverso, e primeiro tirar a parcela de investimento”, diz Aline.
POUPE MESMO QUE SEJA POUCO
Ganhe tempo e comece a guardar dinheiro imediatamente. Não se preocupe se o valor é pequeno. Cada mês à espera é um mês a menos para fazer economia.
“A primeira coisa é poupar, seja qual for o valor. Muitas pessoas pensam 'não vou poupar R$ 50 porque não vai adiantar nada'”, diz Viriato.
MIRE NOS 10%
Embora seja importante poupar qualquer valor, por menor que seja, o ideal é se esforçar para atingir 10% dos rendimentos, recomenda Viriato.
SEM COMEMORAÇÃO ANTECIPADA
Conseguiu poupar em janeiro mais do que sua meta? Ótimo. Mas isso não deve servir de desculpa para aliviar em fevereiro.
“Não pode só porque guardou um valor a mais num mês, não poupar no seguinte”, diz Aline, do Investmania, que recomenda também aproveitar as receitas extras – como o 13º salário – para turbinar as economias.
DEFINA UM OBJETIVO
Uma boa motivação para poupar pode ser definir um destino para as economias que conseguirá fazer.
“Se você tem por objetivo comprar o carro, você direciona o que era gasto para aquele objetivo”, sugere Aline.
VÁ ALÉM DA CADERNETA
E onde colocar o dinheiro? Poupança é tradicional, mas paga pouco e – afirma Viriato – nem é o mais seguro dos investimentos. Caso o banco quebre, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) só protege até R$ 250 mil do saldo de cada poupador. Já no Tesouro Direto, o dinheiro só some se o governo brasileiro der calote, algo bem menos provável.
“E se o governo deixar de pagar suas dívidas, eu não sei o que vai acontecer com a poupança”, afirma Viriato. “E o limite mínimo de investimento no Tesouro Direto é R$ 30. Não há desculpa para não investir”.
VÁ ALÉM DA RENDA FIXA
Embora 2013 tenha sido trágico para a Bolsa brasileira, investir em ações pode ser uma boa opção para acelerar a engorda do porquinho – desde que só vá ser abatido lá para a frente.
“Num prazo de de 3 a 5 anos o mercado de ações tende a apresentar menor risco, e se torna uma opção para o seu portfólio”, diz Aline.
QUITE AS DÍVIDAS QUITÁVEIS
Como as opções de investimento – como poupança e renda fixa – pagam menos juros do que os cobrados em dívidas, o ideal é quitá-las o quanto antes. “Não tem como investir com dívida”, afirma Aline.
Há, entretanto, casos e casos, pondera Viriato. “Se a dívida é de crédito imobiliário, dá até para conviver com os dois”, diz o professor. “[Já dívida] de cartão de crédito deve ser quitada o mais rápido possível.”
NEGOCIE DESCONTOS COM O BANCO
Outra interação saudável entre poupança é dívida de longo prazo é usar a primeira para reduzir a segunda. Com uma bolada em mãos, pode ser possível obter condições mais vantajosas num crédito. “Negocie com o banco”, orienta Viriato.
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