- Chamas emanam do aeroporto internacional Jinnah, em Karachi, no Paquistão, neste domingo (8)
Doze pessoas morreram na madrugada desta segunda-feira (9) --no horário local, mas domingo no Brasil-- em um ataque de homens armados contra o aeroporto de Karachi, o principal do Paquistão, onde o Exército continua combatendo os terroristas, informaram as autoridades.
Entre os doze mortos estão seis terroristas, três membros das Forças de Segurança do Aeroporto (ASF) e dois funcionários da companhia Pakistan International Airlines, segundo um oficial de Inteligência e a doutora Seemi Khamali, que dirige o principal centro médico da cidade, o Jinnah Hospital.
Duas fortes explosões sacudiram o aeroporto, enquanto tiros esporádicos eram ouvidos na zona do terminal aéreo, constatou o jornalista da AFP no local.
Um oficial de Inteligência, que pediu para ter a identidade preservada, disse que o ataque envolve mais de doze homens, fortemente armados com fuzis de assalto e explosivos. Ao menos um suicida teria detonado explosivos que levava no próprio corpo.
O porta-voz do aeroporto, Asim Saleem Bajwa, revelou que "todos os passageiros foram evacuados" e confirmou a morte de "três terroristas".
O funcionário da autoridade de aviação civil, Abid Qaimkhani, relatou a suspensão de todos os voos.
Um oficial do Exército, que se identificou como coronel Nayer, disse que "entre quatro e cinco terroristas conseguiram chegar às pistas do aeroporto". "Estão fortemente armados, com muita munição e granadas, e comandos das ASF isolaram a zona".
Segundo as primeiras informações, os terroristas entraram no Aeroporto Internacional Jinnah por ao menos dois pontos, cortando uma grade que protegia o antigo terminal, que não é mais utilizado pelos passageiros.
Colunas de fumaça podiam ser vistas sobre a zona onde os aviões ficam estacionados, em imagens transmitidas pela TV local.
A ação ainda não foi reivindicada, mas ataques precedentes contra instalações vitais no Paquistão foram atribuídos aos talebans.
Na província do Baluchistão, no sudoeste do país, outros dois ataques neste domingo mataram 23 pessoas, a maioria peregrinos xiitas.
A ação visou dois restaurantes frequentados por membros da minoria xiita em Taftan, na zona da fronteira com o Irã.
A ação visou dois restaurantes frequentados por membros da minoria xiita em Taftan, na zona da fronteira com o Irã.
Segundo Akbar Durrani, ministro do Interior do Baluchistão, quatro homens com explosivos no corpo e fuzis atacaram dois restaurantes onde se encontravam cerca de 300 peregrinos xiitas, procedentes de diversas regiões do Paquistão.
O Baluchistão, na fronteira com Irã e Afeganistão, é palco de repetidos atos de violência, incluindo atentados contra a minoria xiita, que representa 20% da população paquistanesa.
Em Karachi (Paquistão)
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