As obras de construção da Barragem de Oiticica estão avançando a cada dia, tanto que algumas etapas já estão sendo antecipadas, pelo avançar do ritmo das obras. Uma delas é a construção da parede central da barragem, que para isso as empresas tiveram que construir barramentos no Rio Piranhas. O que ninguém contava, era com as chuvas caídas repentinamente na região, provocando uma considerável cheia no rio, que devido as barramentos ficou concentrada nas proximidades do Distrito de Barra de Santana, e adjacências.
Na medida em que o nível do rio foi aumentando, vazantes de agricultores estão sendo cobertas, causando prejuízo a muitos deles. “A construção da barragem é de muita importância, mas as empresas não estão tendo nenhum zelo pelos agricultores e produtores daqui. A maioria dos ribeirinhos está ficando sem capim para os animais; a cidade e Jucurutu está ficando sem água, e eles não tiveram o cuidado de fazer uma medição precisa, e devido ao recesso, a gente tem que esperar que não chova muito, já que nem os sangradouros foram feitos”, disse Rui Lopes da Silva, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Jucurutu.
De acordo com Josebias Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a empresa que vem construindo a barragem tinha várias formas de continuar as obras, sem causar prejuízo destruindo vazantes dos ribeirinhos. “Quem tem pequena vazante para dar ao gado nesta seca, perdeu tudo, e estão todos com a mão na cabeça, sem saber o que dar ao rebanho, já que a alimentação que eles tinham, mesmo pouca, ficou submersa. A solução é abrir o sangradouro, para baixar uns 70 centímetros, para descobrir a alimentação que ainda resta”, disse.
Representantes de vários segmentos, dentre eles Diocese de Caicó, Codepeme, Seapac, Fetarn, Sindicatos visitaram as comunidades atingidas pela construção da Barragem, na manhã desta terça-feira (31). Padre Ivanoff, administrador da Diocese disse que a Igreja tem cumprido seu papel, desde os primeiros instantes, de acompanhar a obra.“Tecnicamente, a obra tem avançado e fomos chamados a visitar, diante da preocupação da comunidade quanto ao barramento do eixo principal do rio. A água represou, cobriu a estiva da Barra de Santana para outras adjacências, foi desviado o leito do Rio, não está dando vazão, e as pessoas tem se preocupado com isso. Estamos torcendo para que se encontrem a solução, da melhor maneira possível”.
Fotos e matéria: Marcos Dantas
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